terça-feira, 23 de setembro de 2008

Montagem de um F-15 Eagle, na escala 1/32

Sempre que possível, vou disponibilizar para donwloads alguns vídeos japoneses com montagens de kits.
Os links são para o donwload através do programa eMule (e suas diversas versões). Quem já tiver o programa instalado, é só clicar no link que o vídeo "cairá" automaticamente para a sua fila de downloads no programa.
Quem ainda não tiver o programa, indico o uso do Dreamule (versão nacional do eMule).
Link para "baixar" o Dreamule:
http://www.dreamule.org/Portugues/

O primeiro vídeo é a montagem de ume enorme F-15 Eagle, na escala 1/32. Divirtam-se!
Link ed2k:
ed2k://file%E3%83%97%E3%83%A9%E3%83%A2%E3%81%A4%E3%81%8F%E3%82%8D%E3%81%86%20Custom%20#04%20F-15E%20Bunker%20Buster(Tamiya%201%EF%BC%8F32)%E3%80%8D.wmv45720998498F3D0CB12AC3B9A7F0F1011B7F0F64F/

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Começando uma história sem fim

Praticamente todos que tiveram contato com o nosso hobby pela primeira vez e se interessaram em montar alguma coisa, se perguntaram “o que eu preciso para que meus modelos fiquem desse jeito?”.
Praticamente todo mundo, quando teve o primeiro contato com o nosso hobby pela primeira vez e pensou em montar alguma coisa, se perguntou: “o que preciso para fazer modelos assim?”
A resposta é simples: somente boa vontade!
Boa vontade? É, tudo o que precisamos, num primeiro momento, pode ser arranjado de forma simples e prática.
Vamos mostrar, a seguir, o processo de montagem e as ferramentas necessárias para a execução.
Quando abrimos a caixa do kit, vemos as peças presas no que chamamos de árvore, ou “sprue”. Temos, também, a folha de decais e as folhas de instrução da montagem.
A primeira coisa a fazer é estudar bem a folha de instruções e se familiarizar com as fases da montagem.
Depois de bem definidas as fases de montagem, vamos para a dita cuja em si.
Para retirar as peças dos “sprues” (ou árvores) podemos utilizar um alicate de corte reto (normalmente utilizado em eletrônica). Na falta deste, um alicate velho de unha (cuidado pra não deixar a esposa brava!) funciona bem. E, se isso não estiver à mão, faça uso do bom e velho estilete. Mas com qualquer uma dessas ferramentas, muito cuidado no corte, para não danificar as peças.
Com as peças já separadas dos sprues, fazemos uma inspeção para verificar se há algum tipo de imperfeição, como pontos de injeção do plástico e rebarbas. Caso haja alguma rebarba, podemos tirá-la com o estilete e, depois, lixá-la um pouco, para que fique uniforme. Para lixar a peça, podemos utilizar, por enquanto, uma lixa de unhas. Se você conseguir algumas com granulações diferentes, ótimo! Primeiro você começa com uma um pouco mais grossa e depois vai passando para as mais finas, para um melhor acabamento.
Para colar as peças, use, preferencialmente, colas específicas para o hobby. Existem vários tipos no mercado, que podem ser usadas para tarefas específicas. Elas diferem, principalmente, no sistema de colagem e no tempo de cura (secagem). Procure, nos primeiros modelos, utilizar uma cola um pouco mais líquida, pois o tempo de secagem é um pouco maior, podendo, com isso, ser feita alguma correção.
Passando pra a fase da pintura, é aconselhável a utilização de um primer (tinta para preparação de superfície) para melhor aderência da tinta ao plástico, dependendo da tinta utilizada. Com relação às tintas, basicamente temos dois tipos: as tintas acrílicas (solúveis em água) e os esmaltes sintéticos (ou enamel, solúveis em thiner). Nesse caso, a utilização de cada uma varia de acordo com a preferência de cada modelista. Existem tintas que são específicas para o hobby, com cores e diluição já própria para o uso, porém, infelizmente, essas tintas são importadas e com custo relativamente alto. No entanto, podemos utilizar alternativas “caseiras” como as tintas não-específicas nacionais. Com elas, podemos misturar as cores para chegar numa tonalidade mais próxima possível da que desejamos.
Ainda falando do processo de pintura, normalmente temos dois métodos: pintura a pincel e por aerógrafo. Apesar do acabamento com o aerógrafo ser bem superior ao pincel, nada impede que tenhamos uma qualidade muito boa com o primeiro. No caso da montagem dos primeiros modelos, sempre é sugerido o uso do pincel. Mesmo que se tenha um aerógrafo, o pincel nunca vai ser deixado de lado e as técnicas desenvolvidas nessa fase sempre serão úteis.
Seria interessante que se adquirisse alguns pincéis de tamanhos variados, sendo os de ponta redonda utilizados para detalhamentos e os de ponta chata, para pintura de áreas maiores.
Depois da pintura, é a vez de aplicarmos os decais. Para que os decais fiquem perfeitamente colados, antes, devemos aplicar uma camada de verniz brilhante no modelo. Essa camada de verniz terá basicamente duas funções. A primeira é proteger a pintura e a segunda é tornar lisa a superfície do modelo, para que não ocorra o que chamamos de “silvering” (quando as bordas do decal ficam esbranquiçadas devido ao deposito de micro bolhas de ar sob ele). Quando os decais já tiverem sido colados, devemos aplicar mais uma camada de verniz para protegê-los. Nesse momento, poderá ser aplicado verniz brilhante ou fosco, dependendo de como que você quiser que fique seu modelo.
Pronto! Nesse ponto você já poderá dizer que montou seu modelo!
É claro que nenhum modelista fica totalmente satisfeito com seus modelos. A gente sempre acha que poderia ter feito melhor. Então não se assuste se seu primeiro modelo não ficar de acordo com suas expectativas, isso é normal!
Somente com a prática é que chegaremos a um final que vai nos agradar. Com o passar do tempo, iremos desenvolver técnicas e adquirir ferramentas que facilitarão nosso trabalho.
Mas nunca se esqueça do mais importante: Divirta-se!!

By Hander

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Bristol Bleinheim Mk. IV - Airfix 1:72






Esse kit pra mim foi um marco na minha breve história no plastimodelismo!
Foi com ele que aprendi algumas técnicas que eu nunca sonhava que conseguiria fazer, graças a ele perdi o medo do famoso wash... rsrsrs.

by Hander

Hs 123 A-1 Airfix 1/72


Kit muito bom apesar de antigo.
Os encaixes são perfeitos e sem mistérios ou complicações.
O interior é extremamente simples e optei por fazer um em scratch.
Os decais são ótimos e aderem com facilidade.
A Suástica não vem com o kit. Este decal é obtido em um set de decais separado que trazem inúmeras variações e tamanhos para diversas escalas do fabricante nacional FCM Decais.
É recomendável tanto para iniciantes como para modelistas mais experientes.
by UHU



Os bons tempos ainda voltam!

1993 foi um ano muito bom! Pelo menos pra mim. Eu tinha 18 anos e já era dono de uma livraria, tinha acabado de conhecer a mulher da minha vida (minha futura esposa) e achava que não morreria nunca (coisa de jovem). Tudo isso, 6 meses depois de me formar na escola. Ainda tinha o tal do “Plano Real”. Como eu vendia livros importados, meu ramo de negócios foi muito facilitado pela equivalência do Dólar e da moeda brasileira. Claro que tudo que fazia tinha, ainda, um pouco da ingenuidade adolescente.
Como dinheiro não era problema (as coisas mudaram tanto...), resolvi procurar o que me fazia feliz quando criança. Depois de almoçar, numa tarde de inverno, resolvi dar uma volta pelo comércio que ficava perto do meu estabelecimento. Encontrei uma lojinha bem apertadinha, mas que tinha o “brinquedo” que eu mais gostava quando moleque. A pequena vitrine exibia uma pancada de aviões e carros de plástico. Pronto! Tinha acabado de reencontrar o Hobby!
Quando era criança, nem imaginava que eu era um “plastimodelista”. Só sabia que eu montava Revell. Com isso na cabeça, levei um susto em ver que na “lojinha” não tinha só Revell. Tinha muitas outras marcas! Achei Italeri, Hasegawa, Tamyia e por aí vai. Abri a carteira. Tinha dinheiro. “Quem sabe dá para voltar a montar isso?”, pensei.
Comprei duas sucatas e mais uns 3 kits novos. Claro que levei junto cola (na minha época vinha na caixa do kit) e tinta.
Depois desse dia, voltei muitas outras vezes àquela lojinha, mas não comprei mais nada. Na verdade, o que comprei na primeira vez ficou anos na caixa. Não tive tempo pra montar nada. Mas o que me mais me marcou foi a quantidade de kits e produtos que achei ali.
Hoje, aqui em Brasília, tem DUAS lojas de modelismo. Eu disse DUAS lojas. Numa cidade com mais de 2 milhões de habitantes com salários razoáveis e, na maioria, solteiros! Era pra ter muitos adeptos do Hobby. Duas lojas é muito pouco! E, ainda por cima, vive faltando material. Custei pra arrumar um vidro de cola! Tive que apelar pra internet!
Falei internet? Opa, acho que já entendi. Não é a cidade que tem poucos plastimodelistas. Foi o mercado que mudou.
Ainda existem as “lojinhas” de 1993. Só que elas estão no cyber-espaço. Ainda estão cheias de kits maravilhosos, das mesmas marcas que achei naquela época, e de muitas outras. Dá para achar kits fabricados no Leste Europeu, na Coréia, na Itália, na Inglaterra... Se bobear, acha kit fabricado até no Iraque!
O mais legal é que a gente pode ter todos esses kits. Basta ter um cartão de crédito internacional e pronto. Chega na sua casa (quase) sem problemas. O Governo não ajuda muito(60% de imposto é roubo), mas ainda assim, dá para comprar. Tem fretes, destes países pra cá, que saem mais baratos do que o Sedex (sem propaganda, claro).
Então isso é bom, né? Pelo meu ponto de vista, nem tanto.
Explico. Naquele ano do começo desse artigo, dava pra andar pela rua e “achar” essas “lojinhas”. Muita gente deve ter reencontrado o Hobby vendo vitrines. Hoje, com a internet, os plastimodelistas se fecharam em suas casas. Sem ter um lugar onde podem sentir o cheiro da cola e das tintas na hora da compra. Sem poder encontrar outros praticantes para trocar idéias e técnicas. Claro que existem os fóruns (plastimodelismo.org, por exemplo) e ainda se fazem exposições, mas não tem aquele ambiente de loja/oficina que tanto me atraiu de volta para o Hobby (pelo menos em Brasília).
E sabem o que me deixa mais angustiado? Não é o fato de não haver lojas aqui. É a dificuldade que estamos tendo de recrutar novos adeptos. Os fóruns e grupos de modelistas até tentam, mas as vitrines não mais existem.
O pior é que isso acaba refletindo diretamente em nós, já tarimbados no Hobby. Como? Se não tem novos adeptos, o mercado não se recicla, não cresce. Novas marcas não aparecem, novos produtos não chegam às nossas mãos, os preços continuam altos e as tão saudosas “lojinhas” tendem a desaparecer.
Mas nem tudo está perdido. Tem gente que ainda divulga o Hobby. Gente que pensa nos possíveis “recrutas”. Ainda existem as exposições e os encontros de grupos (alguns abertos).
Então, eu faço a pergunta que pode significar o futuro do nosso Hobby: o que você tem feito para divulgar o plastimodelismo?
Pensem nisso!

Autor
Etrusco

Quanto "custa" esse hobby?

Nós, os 3 Patetas, estamos acostumados a encontrar, se não essa, variantes dessa pergunta em vários fóruns de plastimodelismo espalhados pelo cybermundo.
Também, não é pra menos. Muitos que estão lendo esse artigo já passaram pela seguinte situação:
A pessoa, passeando por um shopping, ou outro lugar qualquer, vê um monte de “aquários” com “aviões, barquinhos e tanques” dentro. Claro que chama a atenção até dos mais desatentos. São bonitinhos, bem feitos e, para aumentar a curiosidade, estão dentro de um “aquário” para protegê-los.
Opa! Se estão protegidos, devem “valer” alguma coisa!
Aí, o sujeito chega mais perto. Às vezes, se der sorte, encontra algumas outras pessoas conversando sobre o assunto. Mais uma vez, se tiver sorte, acaba ouvindo a conversa e descobrindo que as miniaturas expostas são de plástico!
Agora, já curioso, presta bastante atenção na conversa: “Esse foi caro. Comprei numa loja na China. Usei enamel e fiz o Wash com óleo importado!”
Pronto! Acabamos de perder um possível colega de hobby! Por que? Oras, porque o cara escutou a palavra que, infelizmente, assusta 10 entre 10 brasileiros: “caro”!
Mas será que nosso hobby é assim tão caro? Já pensaram em quanto custam outras modalidades de modelismo? O Automodelismo por Rádio Controle, por exemplo? Perto do nosso, aquele é um hobby caro.
Claro que, com o tempo, acabamos comprando ferramentas mais apropriadas, tintas mais caras, modelos mais difíceis de se encontrar (por isso, mais caros). Mas, para um iniciante, é um hobby muito barato.
Eu mesmo comecei no hobby com uma lixa de unha, um pincel, um kit (o primeiro que encontrei para comprar), tinta (o item mais caro) e a cola. E muita gente começou assim. Somando tudo, devo ter gasto, no máximo, R$ 50,00. Isso porque eu não conhecia as lojas virtuais. Aí sim, teria gasto menos.
Depois de um tempo, e conhecendo outros modelistas, descobri que tintas acrílicas (para artesanato) são muito mais baratas, que um aerógrafo também não precisa ser caríssimo e que existem kits mais baratos do que o “grandão”, na escala 1/48, que comprei inicialmente.
Claro que, no atual momento, gasto mais com o hobby, mas continua sendo “infinitamente” mais barato que muitos outros tipos de modelismo. Também descobri que o preço do kit não significa obrigatoriamente que ele seja bom e que nem o preço da tinta é diretamente proporcional à sua qualidade.
Mas a pergunta mais básica continua: quanto “custa esse hobby?
Ok, vamos a uma lista inicial com preços achados nas lojas virtuais e supondo que o iniciante vai montar aviões de guerra:
- o kit de um modelo de avião da WWII, na escala 1/72: R$ 35,00;
- cola líquida: R$ 23,00;
- 3 vidros de tintas acrílicas para artesanato (para uma pintura beeem básica): R$ 6,00;
- 1 pincel número 000: R$ 12,00;
- 1 pincel número 0: R$ 8,00;
- lixa de unha: esse item é grátis. Pega “emprestado” do kit de manicura da esposa/namorada/mãe.
Soma total: R$ 84,00.
Ainda acha caro? Bom, as tintas vão render uns 5 ou 6 modelos (se você for muito “grosso” no serviço) e os pincéis podem durar anos. Ah, a cola também rende muito!Sinceramente, dividindo bem por cima, acho que, para montar um “aviãozinho”, gasta até menos que os R$ 50,00 que gastei no começo da minha “carreira"!

Autor
Etrusco

Review Ju-87 D5 Italeri 1/72


Data Análise: 01/08/08
Fabricante: Italeri
Escala: 1/72
Nº kit: 1070
Construção Básica: Estireno
Detalhes: Estireno
Transparências: Estireno
Nível: 3
Valor Médio: R$ 49,00

Box Art
Belíssima ilustração da aeronave ambientada no inverno russo.

O Kit
O kit vem em dois sprues (árvores) cinza claro e um transparente, muito bem injetados com pouquíssimo ou nenhum flash totalizando um total de 56 partes para montar.
As linhas dos painéis são todas em baixo relevo, bem suaves e marcadas.
O interior é bem detalhado, menos as laterais internas que são lisas. O assento do piloto já traz injetado os cintos e um estofamento; o painel de instrumentos traz os mostradores injetados em positivo o que facilita a pintura. O assento do artilheiro é simples e sem os cintos. O painel atrás do piloto traz injetados alguns instrumentos como o rádio.
As transparências são de excelente qualidade, não apresentando nenhum defeito de injeção e proporcionando a alternativa de fazer aberto ou fechado o canopy do piloto, o mesmo não acontecendo com o do artilheiro que se apresenta em uma peça inteira unida a parte central.
Os decais são excelentes, ótima impressão e de fácil manipulação.



Marcações
Este kit apresenta 3 versões disponíveis para escolha, que são elas:

· JU-87 D-5; STAB. I./SG5, Rússia 1944
· JU-87 D-5; I Gruppe/SG3, Rússia 1944
· JU-87 D-8; I/NS GR.9, Itália 1944

Conclusão
Excelente kit tanto para iniciantes como para modelistas mais experientes pelo seu custo/benefício.

Prós: excelente qualidade de injeção e número de versões disponíveis.
Contras: canopy do artilheiro unido a peça central e nenhum detalhamento interno do cockpit.


Autor
UHU